quinta-feira, 25 de setembro de 2014

            JUSTIFICATIVA DO PROJETO “PRESERVANDO A MEMÓRIA HISTÓRICA DO MUNICÍPIO.

      Santana do Cariri, situada no extremo sul do Ceará, é um município com potencial diverso em arte, cultura e tradição. Às vésperas de completar 130 anos de emancipação política, tem uma história rica e marcante com fatos que incluem os confrontos políticos do coronelismo, a primeira prefeita do Ceará, o primeiro processo de beatificação do estado introduzido no Vaticano, as riquezas artesanais, naturais e paleontológicas, dentre outras.
     Como historiador, educador e amante de minha terra natal, ao longo de todos esses anos consegui reunir um vasto material sobre o município de Santana e a Região do Cariri, sempre com o intuito de resgatar e preservar sua memória. São coleções diversas que incluem desde livros raros, revistas, jornais, recortes com matérias marcantes publicadas, importantes documentos, etc. até moedas antigas, imagens e objetos sacros, móveis e utensílios de época. Temas que englobam saberes e fazeres, imagem e som, registros em áudio, vídeo e outros.
     A ideia seria organizar uma instalação com todo esse material em forma de exposição temática permanente intitulada “Preservando a Memória Histórica do Município”, mostrando a toda população, diferentes espaços contendo:
1-    MEMÓRIA ICONOGRÁFICA (fotos, álbuns, acervo da primeira professora formada, painéis, retratos, etc.);
2-     MEMÓRIA LITERÁRIA (livros, revistas regionais, cordéis, cartilhas, folders, informativos, documentos, publicações de poetas e escritores regionais, recortes de jornais e revistas; acervo de Estudos Regionais e Conhecimentos do Município, e outros.);
3-      ARTE SACRA (Objetos e imagens sacras, paramentos sacerdotais e religiosos, móveis etc.);
4-      SABERES E FAZERES (ambientações de interiores de casas, mostrando costumes e tradições como a Renovação do Coração de Jesus, o uso de candeeiros, lamparinas e ferro de engomar à brasa, meios de comunicação, estilos, etc.;
5-     COLEÇÕES (selos, moedas, cartões postais, cédulas, canetas, lembranças póstumas, chaves...);
6-     PINACOTECA SANTANENSE (obras de artistas plásticos santanenses: pintura, desenho, escultura, reciclagem, etc.);
7-     IMAGEM E SOM (LP’s, compactos, fitas K-7 e VHS, TV’s preto e branco, máquinas fotográficas
 e filmadoras, radiolas, rádios, máquinas de datilografia, mimeógrafo, monóculos, toca
discos, telefones com disco e manuais...).
     Na Exposição, haveria um espaço destinado à mídia digital, com todo esse material digitalizado, guardado em arquivos, para consulta popular, assim como, um conjunto multimídia completo, para apresentação de áudio e vídeo em telão, dos bens imateriais como: filmagens de eventos e fatos marcantes contendo apresentações teatrais, artísticas e religiosas; danças folclóricas; Coroação de Nossa Senhora, lapinha, pastoril, cantatas natalinas com corais, encenações da Semana Santa, entrevistas e depoimentos de artistas regionais como Patativa e Maranhão; poesia, cantoria, música, etc.).
     No período preparatório do projeto seriam disponibilizadas bolsas para jovens estudantes que se dispusessem a trabalhar na organização da exposição, no contra turno escolar, em atividades referentes à digitalização, recuperação, guarda e disposição dos materiais, assim como oficinas afins.
     O Objetivo precípuo do Projeto seria guardar adequadamente todo esse acervo, mostrar para a população, dar oportunidade aos jovens, e cuidar para que a memória do município e da região não se perca nas brumas do tempo.
    

   

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

         A FEIRA DO CRATO 

        
         Um dos eventos mais movimentados da região do Cariri no início da década de 70 era a Feira do Crato. Sempre às segundas-feiras, reunia comerciantes, compradores, artistas populares e visitantes de todo lugar.
         Mamãe, que negociava com tudo: legumes, porco, galinha, ovos, verduras etc., sempre viajava para o Crato para vender alguma coisa e, com o apurado comprar outras para as necessidades do lar.
         Havia sempre uma disputa: qual dos filhos viajaria com ela. Apesar de ser o percurso em cima de caminhão e no frio da madrugada, sempre era uma exótica novidade. Todos queriam ir. Um dia, finalmente, chegou a minha vez. Fiquei eufórico com a possibilidade de conhecer o Crato. Acordamos de três para as quatro horas da madrugada. Banhei-me, vesti uma roupa melhorzinha, tomei café com pão. Mamãe já havia apeado as galinhas, arrumado as cestas de ovos, os sacos com arroz, feijão, milho e fava, que eram vendidos na cuia ou no litro. Tudo pronto, saímos em direção à Rua Grande para arrumar as coisas em cima do caminhão dos “Bráulio” e aguardar a hora da saída.
         Quando nos acomodamos em cima dos sacos, caixotes e lonas o caminhão começou a movimentar-se rumo ao sítio Cancão. A viagem para o “Cariri” ou “Cratinho de Açúcar” como falavam, era pela Ladeira da Serra do Pontal, muito temida por todos, por ser íngreme e cheia de abismos. Quanto mais o veículo aumentava a velocidade mais depressa a paisagem passava, parecendo até que as árvores é que corriam apressadamente. Eu me deliciava com aquilo.
          O ronco e os rangidos do caminhão, o remelexo causado pelos “catabís”, a poeira e o vento, em nada se comparavam ao frio de cima da serra, nas entranhas da Chapada do Araripe, complementado pela neblina e a névoa. Ora nos cobríamos com uma lona, ora a tirávamos para termos uma visão melhor da floresta. Certo é que, mesmo amontoados uns com os outros, passageiros, chapeados e viajantes, o frio era de congelar.
          Quando alcançamos a estrada plana em cima da serra, o caminhão corria mais e o frio aumentava. Com os dedos dos pés dormentes, não conseguia senti-los. Embaixo da lona, comecei a beliscar meu pé para ver se a dormência melhorava; e quanto mais eu beliscava mais a dormência aumentava; eu não conseguia sentir meus pés. Daí veio-me a ideia de levantar a lona e verificar o que estava acontecendo. Foi então que eu pude perceber que o pé que eu beliscava não era o meu, e sim o de um senhor que estava sentado ao meu lado, com os pés dele em cima dos meus. Fiquei meio envergonhado achando que o senhor ia me dizer poucas e boas, mas ele apenas olhou-me silenciosamente e mudou os pés de lugar. Creio que o frio amenizou a dor dos beliscões. Baixei a lona e por volta das sete da manhã chegamos ao Crato. Muitos prédios, muitos carros. Um vaivém tresloucado de pessoas.
         O caminhão parou em frente a um grande e movimentado mercado público chamado “Redondo”, que ficava no centro da cidade, à beira do Canal. Era um aglomerado de quiosques, bodegas, bancas de venda e camelôs com o mais variado comércio; muitos tocadores e repentistas trazendo alegria.
         Descemos do Caminhão, pagamos as passagens e fomos procurar o “ponto” comercial dos meus tios, onde minha mãe vendia suas coisas. Depois da bênção e das boas-vindas, haja café com bolo, pão doce e aguado, caldo; mais tarde picolé, sorvete, cocada, pipoca, cajuína, tijolo de buriti... Quando mamãe terminava de vender os frangos, ovos, “bacurins”, legumes, íamos para as compras nas lojas e pelas ruas. Fazíamos uma feira, e quando dava, comprávamos até coisas para casa: utensílios, eletrodomésticos, e roupas.
         A volta já à tardinha era melhor porque não tinha tanto frio, só o vento, mas o aglomerado de coisas em cima do caminhão era bem maior: caixas, sacos, colchões de mola, camas, móveis, material de construção... A gente se ajeitava para a volta, rezando para chegar em paz na nossa casa, com os poderes do Padrinho Cícero Romão Batista, do “Santo” Frei Damião e de Senhora Sant’Ana.
         Já em casa, apesar de cansados, tínhamos muitas novidades para contar sobre a aventura de viajar para a Feira do Crato. 


Raimundo Sandro Cidrão




terça-feira, 26 de agosto de 2014

SONHO
                Às vezes em momentos de descontração fujo da realidade e viajo candidamente para o universo dos meus sonhos. Nesse misto de utopia e realidade, vejo minha cidade brilhar culturalmente transformada como num conto de fadas, artisticamente mudada como num milagre, aquele que ocorre nas mãos dos artesãos, quando transformam sua matéria prima em obras de arte.
            Nesse sonho posso ver as pessoas tendo acesso a bens culturais diversos.
            Numa galeria há um espaço com uma “Pinacoteca Santanense”, e a população visita exposições variadas, que contemplam artistas da terra e dão lugar também a “Da Vinci”, “Van Gogh”, “Tarsila”, “Picasso” e outros.
            Os professores e estudantes participam de uma grande bienal, uma Feira de Livros; historiadores, poetas e escritores regionais estão em cada estande, ao lado dos já consagrados Paulo Coelho, Cecília, Rachel, Drummond, Sheldon, etc.
            Nos finais de semana as famílias vão ao Teatro Municipal assistir peças que estão em cartaz ou shows e musicais; vão ao cine ver a projeção do último filme lançado, ou a uma galeria apreciar artes visuais diversas; vão aos museus, bibliotecas, casas de cultura.
            Nesse sonho também vejo um Centro de Atendimento ao Turista com muitas associações comunitárias de artistas e artesãos mostrando, divulgando e comercializando seus produtos. Há oficinas de artes plásticas, reciclagem, desenho,canto, dança...
            Grandes espetáculos teatrais e musicais ao ar livre são mostrados em pontos estratégicos da cidade, num show de talento, iluminação, cores e efeitos especiais. Os expectadores silentes e educados assistem cada cena, e ao final de cada uma, aplaudem e reverenciam seus artistas.
            A cidade está limpa, organizada e bem cuidada nos mínimos detalhes. Há hotéis, pousadas e albergues com infraestrutura, bom atendimento; pessoas simpáticas e cordiais em todo entorno, conhecedora de seus direitos e conscientes dos seus deveres.
            -Sandro! Sandro acorda!... Você está dormindo?
            - Não, estava apenas sonhando acordado, mas enquanto este sonho meu não vira realidade, eu vou tentando fazer a minha parte, cantando os versos de Milton:
“Vendedor de sonhos
tenho a profissão viajante
de caixeiro que traz na bagagem
repertório de vida e canções
E de esperança
mais teimoso que uma criança
eu invado os quartos, as salas
as janelas e os corações.
Frases eu invento
elas voam sem rumo no vento
procurando lugar e momento
onde alguém também queira cantá-las.
Vendo os meus sonhos
e em troca da fé ambulante
quero ter no final da viagem
um caminho de pedra feliz.
Tantos anos contando a história
de amor ao lugar que nasci
tantos anos cantando meu tempo
minha gente de fé me sorri
tantos anos de voz nas estradas
tantos sonhos que eu já vivi...”

Raimundo Sandro Cidrão


Arte-educador      

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Benigna - O criador e sua criação


Depois dos 40

DEPOIS DOS 40

Depois dos 40 pude perceber
Que a vida pode ser mais bela
Pois com a maturidade vem a experiência
Os gostos mudam; os valores mudam
A forma de ver o mundo muda também.
Pude descobrir e viver novas experiências.
Aprendi a me valorizar e a valorizar mais as pessoas
Ouvindo mais, aceitando mais, tolerando mais.
Depois dos 40 notei que cada marca deixada pelo tempo
Tem sua significação.
Que as pessoas podem nos amar, nos respeitar e nos vaalorizar
Por cada ruga em nosso rosto, por cada fio de cabelo branco,
Pelos sinais na pele, nas mãos.
Aprendi que é uma dádiva nascer, crescer, envelhecer
E depois morrer sereno e lúcido.
Poucos conseguem essa ordem natural da vida.
Percebí a importância que tem a maturidade, a terceira idade.
Depois dos 40 pude constatar
Que o prazer de beber está em degustar um aperitivo
E não em tentar consumir toda cachaça do mundo em uma só noite.
Pude notar que as pessoas começam a reconhecer
O trabalho da gente;
Valorizar projetos e ideais
Depois dos 40 pude ver que cultivar rancores e inimizades
Não leva a nada.
Deixei de considerar os inimigos como tais,
Pois percebí que eles poderiam vir a ser
Meus patrões ou meus clientes.
Depois dos 40, já casado e com filhos
A probabilidade de ser avô se torna iminente.
Aparecem chances para se escrever um livro
Pois já há muita história pra contar.
Depois dos 40 conquistei prêmios,
Tornei-me mais ético, mais solidário, mais cidadão.
Mas também depois dos 40
Pude constatar com tristeza
Que 80% dos meus amigos da juventude, eram falsos.
Mas nos 20% restantes, encontrei verdadeiros anjos protetores.
Pra não dizer que tudo depois dos 40 é um "mar de rosas"
Eu também tive que gastar um dinheirinho a mais
Para comprar uns óculos de grau,
Implantar próteses auditivas,
Fazer exames de rotina;
Tive que realizar caminhadas diárias
Para diminuir o estresse e as dores lombares e musculares.
As relações sexuais que até os 30 chegavam a 3 por noite
Passaram a ser 3 por semana, por mês...
E assim sucessivamente.
É depois dos 40 que aparece uma vaidade incontrolável;
Uma afeição por voltar à juventude;
Uma vontade de viver sempre mais e chegar aos 50, 60...
Pois se descobre que quando se chega ao topo dos 50
A tendência é descer a escada.
O mais importante depois dos 40
É a sensação do dever cumprido;
É a colheita dos bons frutos das árvores plantadas;
É o cultivo de uma vida mais saudável,
Mais alegre e mais prazerosa.
É decobrir que o poeta estava certo
"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer."

RAIMUNDO SANDRO CIDRÃO

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

                              Centenário de Emancipação Política de Santana do Cariri - Nov./ 1985

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

POESIA


ERUPÇÃO


JÁ TENTARAM CALAR MINHA VOZ
E EU CANTEI;
JÁ TENTARAM ME IMPEDIR DE ANDAR
E EU DANCEI;
QUANDO ME DIFAMARAM EU CRIEI ASAS
E VOEI;
QUANDO VOEI
PLANTEI SEMENTES
EM VÁRIOS LUGARES
E AMEI!
JÁ ME FIZERAM CHORAR
E EU DRAMATIZEI;
QUANDO ME NEGARAM 
O DIREITO DE EXPOR MINHAS IDEIAS
COMECEI A ESCREVER
E VIAJEI; 
QUANDO TENTARAM ME JOGAR NA LAMA
ME FORTALECI
E DELA EMERGI
COMO UM VULCÃO
NUMA CONSTANTE
E VIBRANTE 
ERUPÇÃO
DE VIDA.

Raimundo Sandro Cidrão


terça-feira, 12 de agosto de 2014


 Crônica

“DONA RITINHA”

         Eu tinha completado recentemente seis anos, quando Dona Ritinha me convidou para andar com ela, substituindo minha irmã de dez anos, já bem crescidinha. Ela combinou tudo com mamãe, e eu aceitei.
         Dona Ritinha era uma deficiente visual, devota de Santa Rita de Cássia, que, ao ficar totalmente cega, foi abandonada pelo marido. Vivia sozinha numa casa da Rua São Miguel, mas realizava todas as tarefas domésticas, sem enxergar nada. Só precisava de alguém que a conduzisse às casas para pedir esmolas. Eu fui o escolhido.
         Saíamos um dia, no meio da semana, visitando alguns pontos comerciais e Rua Grande (hoje Deputado Furtado Leite), no Centro da cidade, batendo às portas das residências: “Uma esmolinha pelo amor de Deus!”.
          Eu a conduzia pela mão cuidadosamente, avisando as descidas e as subidas, desviando dos buracos, evitando tropeços e acidentes. Também carregava os gêneros doados em sacolas. O dinheiro, ela colocava nos bolsos do vestido: um, para moedas e o outro, para as cédulas. Nosso ponto de parada era a casa de Dona Lourdes Izidório, sua comadre. Lá, sempre saía um pão com manteiga, um café com leite e uma boa conversa.
         Ao chegar a casa, Dona Ritinha me dava uma ajuda em dinheiro e outra em alimentos.
         O que eu achava interessante era ela reconhecer as moedas pelo tamanho e pelas saliências impressas, bem como por particularidades mínimas no dorso das “pratas”, observações que para as pessoas sãs, passavam despercebidas. Ela reconhecia as cédulas pelo tamanho e pela textura.
         Aos sábados bem cedinho, a gente ia ao açougue pedir esmolas aos marchantes. Uns davam carne e toucinho; outros, pelanca, osso, peia, nervo... Mas tudo era bem-vindo. Quando retornávamos, ela me dava parte das “misturas”, que eu ia deixar em casa para melhorar o tempero do almoço. Em seguida, voltava, para levá-la até a “braúna”, uma imensa e frondosa árvore que cresceu ao longo das décadas no caminho de Inhumas. Lá, ela ficava sentada num tamborete com uma “baciazinha” nas mãos, pedindo esmolas aos comerciantes, vendedores e transeuntes que iam para Feira em Santana. De alguns deles, ela se oferecia para ler a mão, baseada nos traços nela existentes.
         Eu ficava brincando ali por perto. Subia na porteira do curral que dava para as terras de Seu Carrim e Seu Valter, depois pulava pendurado nos galhos da Braúna. Procurava “pedras de peixe”, ninhos de passarinho, fazia esculturas com canos de milho e galhos de “bamburrá”, modelava o massapé vermelho em tempo de terra molhada, e fazia muitas imagens de santos.
         Por volta das três para as quatro horas da tarde, retornávamos. Independentemente da feira, a minha gratificação era certa: sempre recebia alguma coisa, o que ajudava muito nas nossas despesas.
         Chegando a casa, repassava o valor aos meus pais, que me davam uma parte para gastar com material escolar e com “besteiras” (bombom, pirulito, bolacha, picolé, etc.).
         Tudo que eu ganhava de Dona Ritinha era uma grande contribuição para família, que vivia apenas do que saldava com as roças.
         Com Dona Ritinha aprendi muitas coisas para a vida. Ela me ensinou valores como: o respeito, a solidariedade, o compromisso, a devoção, o otimismo, a lealdade... Deu-me sábios e valiosos conselhos. Ensinou-me a rezar pelo meu Anjo da Guarda e pelo Anjo da Guarda do meu bom amigo. Foi com ela que aprendi esta oração que até hoje rezo antes de me deitar:
“Meu Jesus crucificado
Filho da Virgem Maria
Me guardai hoje, nessa noite
E amanhã pelo dia
Nem meu corpo seja preso
Nem minha alma perdida
Nem meu sangue derramado
Pelas mãos dos inimigos
Pois com Deus eu me deito
Com Deus eu me levanto
Com a graça de Deus
E do Divino Espírito Santo,
Amém.”

Raimundo Sandro Cidrão - Professor