quarta-feira, 5 de agosto de 2015
terça-feira, 4 de agosto de 2015
HOMENAGEM PÓSTUMA
MARIA EURENICE COELHO (1935-2015)
Cidadã santanense que tem seu nome
fincado nos anais da nossa educação, Cultura e Religião, parte agora
deixando-nos nos uma saudade imensa e um vazio se precedentes, mas também uma
certeza confortadora, advinda dos valores diversos resultantes do bem que ela
semeou, em toda sua existência em nosso meio.
Na igreja,
organizou as cruzadinhas infantis e as coroações de Nossa Senhora; catequizou
uma legião de crianças e foi uma Filha de Maria exemplar, ministrando a
eucaristia por vocação, dedicação e amor. Uma vida de trabalho voluntário em
prol da Matriz de Senhora Sant’Ana.
Na história
cultural de Santana do Cariri foi a primeira poetisa a lançar um livro no
município, assim como é de sua autoria a instigante letra do Hino Oficial do
Município.
Na educação,
se destacou como professora, mestra de disciplina e diretora de todas as
escolas, num trabalho incansável de educação para a vida, baseado nos
princípios cristãos e em valores humanos, éticos e morais. Sua caligrafia já
mostrava sua dedicação com “uma letra de quem fez muitos exercícios nos antigos
cadernos de caligrafia.”
Como pessoa
humana teve uma vida em função do atendimento ao próximo com lealdade, amor,
sinceridade, meiguice, carisma, simpatia, paciência, compreensão e bons
conselhos. Na Farmácia Frei Damião cumpria seu papel como farmacêutica ao lado
da irmã Eudilce, prestando um serviço de assistência social inigualável a todos
os santanenses, a qualquer hora do dia ou da noite. Tanto é que se transformou
na eterna “madrinha” de toda a população. Uma presença constante em nossas
vidas.
E agora
várias perguntas parecem querer nos deixar sem respostas. Como ficará “Ditinha”
sem “Dãozinha”? Como ficarão os afilhados sem a “madrinha”? Como cada
santanense vai conviver sem uma das duas “meninas” da farmácia?
Como diria o
exímio Luís de Camões “a língua não alcança o que a alma sente”. Eu perdi a
comadre e a madrinha, mas o céu ganhou, com certeza, uma alma santa para seu
coro de castas. O tempo e o perfume das flores que ela plantou em nosso
caminho, será com certeza o lenitivo que aplacará nossa dor, eternizando sua
lembrança e seu sorriso, até que possamos um dia, com ela na eternidade, contemplar
o Divino.
RAIMUNDO SANDRO CIDRÃO
Santana
do Cariri, 02 de agosto de 2015.
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