CONHECENDO OUTRAS PLAGAS - RECIFE-PE ( PAU AMARELO)

PAU AMARELO É QUE É BOM - CORDEL

PAU AMARELO É QUE É BOM

(Raimundo Sandro Cidrão)

Depois de vários convites

Pra o Recife conhecer

Betinha de Chico Antão

Chegou a me convencer

Junto com o Aldi Santos

Fui então ver os encantos

Desta cidade a crescer.

Dia nove de janeiro

Nós resolvemos viajar

Eu e minhas três mulheres

Embarcamos para lá

Junto com a Conceição

Que eufórica desde então

Não parava de falar.

Chegando à rodoviária

Dia dez, cedo cedinho

O amigo Aldi esperava

Pra seguirmos o caminho

Até o AP da escritora

Que foi nossa protetora

Em Boa Viagem, seu cantinho.

Descendo do elevador

Surpresos, nos deparamos

Com um belo apartamento

Dez estrelas, e nós entramos

Grande receptividade

Aconchego e lealdade

Ali dentro encontramos.

A anfitriã Betinha

Ao quarto nos conduziu

Vista de frente pra o mar

Quando a janela se abriu

Eu fiquei tão extasiado

Pra não dizer abobalhado

Com o que cada um sentiu.

Após farto “breakfast”

Descemos do quinto andar

Na Praia de Boa Viagem

Seguimos a caminhar

No parque Dona Lindu

Na orla de norte a Sul

Saímos pra passear.

Ao retornar para casa

Aldi perguntou sincero:

Estão gostando daqui?

Saber disso é o que quero

Pois se aqui tem luz e som

Vocês tão achando bom

Bom é em Pau Amarelo.

Visitamos os museus

Fomos lá ao marco zero

Vimos centros culturais

Vimos um povo sincero

Mas Aldi  logo dizia

Sempre em tom de maestria:

Bom é em Pau Amarelo.

Eu estava bem ansioso

Pra esse pau conhecer
Lá pros lados da Paulista

Fiquei sem compreender

Mas o Brennand com seu acervo

Que de tão rico deu medo

Com tesouros pra se ver.

Um castelo encantado

Com diversas coleções

Telas, espadas, punhais

Objetos e emoções

Estátuas, obras de arte

 Artistas em toda parte

Mil encantos, mil lições.

Lá no centro de Olinda

Igrejas pra que te quero

Mosteiros, conventos, feiras

 Aldi sempre bem sincero

Falou para Conceição

Ceiça, não se engane não

Bom é em Pau Amarelo.

Na segunda de manhã

Seguimos pra conhecer

O tão falado local

Pra lá rumamos sem ver

Que Ana Perla e Ana Elís

Com semblante mais feliz

Nesse novo amanhecer.

Passamos logo em Olinda

Igarassu, bem à vista

Depois de Camaragibe

Nós entramos na Paulista

De lá vimos São Lourenço

Sendo isso o que eu penso

Milhas e milhas de pista.

Paramos em frente à praia

E Selma então indagou

Aqui é Pau Amarelo?

E com o mar se encantou

De elevador subimos

E do apartamento vimos

O mundão que se formou.

Na casa de Aldi e Jane

O quintal era um viveiro

No jardim por entre as plantas

Um encontro bem sincero

E depois da cervejinha

Ele disse: gente minha,

Aqui é Pau Amarelo.

Como o pintor Cicero Dias

Depois de tudo falei:

“O Mundo começa aqui”

Foi mesmo o que constatei

Eu estou sendo sincero

Bom mesmo é Pau Amarelo

Nunca mais esquecerei.

O verde e o azul do mar

Os coqueiros, a paisagem...

As ondas e o vento calmos

Pareciam ser miragem

Pontal Maria Farinha

Com as sinuosas linhas

Foi a mais bela passagem.

Visitamos a Igreja

De Nossa Senhora do Ó

Local bonito e sagrado

Que emana muito amor

Onde Ranulpho e Betinha

Selaram o amor que tinham

Dois corações em um só.

De volta pra o Ceará

Falo sempre a verdade

Com minha mente bem limpa

E o coração sem maldade

Sempre digo bem sincero

Bom mesmo é Pau Amarelo

Que me mata de saudade.

Santana do Cariri, 17 de janeiro de 2015.

Aos queridos amigos Elizabeth Antão e Aldi Santos, com muita admiração.