sexta-feira, 3 de maio de 2024

PRIMEIRA PRAÇA DE SANTANA DO CARIRI-CE


 



PRIMEIRA PRAÇA DE SANTANA DO CARIRI

Conhecida como “Praça da Liberdade”, primeira construída em Santana, no início da década de 1940, tinha um charme e uma nostalgia, por conta dos seus canteiros com diversas flores e plantas de beleza singular, e pelas suas histórias.
Hoje, denominada Praça Coronel Felinto Cruz, ainda guarda dessa época um conjunto de sexagenárias árvores de grande porte: os pés de ficus elástica ou ficus italiano, popularmente conhecidas por falsas-seringueiras. Chamam a atenção sua copa densa e farta, de folhas largas verde-oliva, troncos de grandes diâmetros e raízes aéreas que chegam a tocar o chão. Um patrimônio natural do município, ameaçado.
Há dois anos apareceu um cupim em uma delas. Fiz uma alerta da necessidade de providências nesse sentido e também de uma poda racional para tirar o peso dos galhos. Hoje já existe um ninho de cupim em cada uma delas; alguns galhos estão chegando ao chão e outros mais altos, alcançando as ruas. O risco de um galho cair é iminente, principalmente por conta das intempéries naturais.
Minha sugestão é que, após os cuidados necessários, aproveitando estas belíssimas árvores, o local seja transformado em uma praça temática, ajardinada, bem cuidada, com placas indicativas com históricos marcantes; onde os turistas, romeiros e visitantes pudessem registrar uma foto, fazer um vídeo e contemplar, com segurança, a primeira praça do munícipio; que se encontra nas proximidades da Igreja Matriz, ladeada pelos casarões da família Cruz.
Não quero que se concretize o que minha verve musical previu, em uma das minhas composições:

PRAÇA DA LIBERDADE, PRAÇA DAS RECORDAÇÕES 
DE AMORES PROIBIDOS TAMBÉM DAS ILUSÕES 
QUANDO POR TI EU PASSO ME DÓI O CORAÇÃO 
AO VER EM SEU LUGAR UM FRIO CALÇADÃO 
CHORANDO AS VELHAS ÁRVORES TAMBÉM O CASARÃO 
O BAR, A LANCHONETE... QUANTA DESILUSÃO. 

DA JUVENTUDE, ME LEMBRO EU PIPOQUEIRO, O CANTOR 
A JOVEM GUARDA NA AMPLIFICADORA 
QUE COM CANÇÕES ANUNCIAVA VELHOS ROMANCES 
QUE ALI ENTÃO RECOMEÇAVAM. 

PRAÇA DA LIBERDADE AH! QUANTA FALTA EU SINTO!
JÁ TENS UM NOVO NOME DE UM CORONEL, FELINTO 
AH! COMO EU SINTO FALTA; AI! COMO EU TENHO PENA 
DOS CANTEIROS DAS ROSAS, BUGARIS E VERBENAS 
BUNINAS, DOZE HORAS, TAMBÉM DAS AÇUCENAS 
DOS BANCOS SINGULARES; AI! COMO EU TENHO PENA. 

DE UM DIA OLHAR E SÓ TE ENCONTRAR 
NA SINGELEZA DESSAS NOTAS MINHAS 
OU NAS HISTÓRIAS E NAS MEMÓRIAS; SÓ NAS LEMBRANÇAS 
OU EM RARAS FOTOGRAFIAS. 

PRAÇA DA LIBERDADE, PRAÇA DAS RECORDAÇÕES 
DE AMORES PROIBIDOS, TAMBÉM DAS ILUSÕES 
QUANDO POR TI EU PASSO ME DÓI O CORAÇÃO 
AO VER EM SEU LUGAR UM FRIO CALÇADÃO 
CHORANDO AS VELHAS ÁRVORES TAMBÉM O CASARÃO 
PRAÇA DA LIBERDADE, QUANTA RECORDAÇÃO.


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